Verônica
@AndreV_ a sensação de não lugar é permanente em muitas pessoas, gays ou não. qdo eu era casada com meu ex, sofri muito preconceito, por ele ser loiro, alto, de olhos azuis e eu baixota, gordota e 4 olhos. nunca q em nossa sociedade eu poderia me unir e procriar com ele. e cheguei a ser apontada na rua por isso. obviamente que eu nem posso traçar analogia, pq para andar de mãos dadas com uma menina, eu preciso me enfiar em guetos. lembro-me de uma vez, em que eu e uma ex-namorada descemos a escada principal de um shopping de mãos bem dadas. *o escândalo*, vários casais homo são frequentemente barrados e cerceados no shopping frei caneca aqui em são paulo. o que, ao meu ver, indica que nem o básico de um relacionamento os gays devem mostrar em público, eles não têm o direito de imitar "algo tão destinado aos hétero" qto andar de mãos dadas e beijar em público. imagina imitar toda a estrutura calcada numa ideia primeiramente reliosa? o não lugar se manifesta a todo momento, inclusive na mente deles (maurice e clive), pq a mímese q eles procuram fazer dessa natureza q os rodeia fica impossível no momento em q todos apontam q a natureza deles é antinatural.
Andre V
@sampsycho Então. Muito do descompasso deles [ clive & maurice ] e nosso [ os antinaturais, quer gays quer nao ] esta nesse paradoxo. A gente sente esse peso duplicado. Que é o desconforto com nos mesmos e com o mundo a nossa volta. Eu fico tentando nao pensar obviedades mas é incontornavel isso. a gente sofre mais que todo mundo. a verdade é essa.
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